PPGIS promove Aula Magna e oficina com a Profª Drª Denise Tavares, sobre o suicídio de jovens

No mês do “setembro amarelo”, PPGIS promove aula magna e oficina, com a Profª Drª Denise Tavares, que discute os desafios da criação audiovisual diante da dor extrema.

O Programa de Pós-Graduação em Imagem e Som (PPGIS) da UFSCar promove, no dia 09 de setembro, quarta-feira, às 16 horas, no Auditório do CECH (AT-2), a aula magna do semestre, que vai abordar as representações e narrativas audiovisuais sobre o suicídio de jovens. O evento - especialmente neste mês em que acontece a campanha “setembro amarelo” - visa mostrar o quanto filmes, séries e outras produções audiovisuais, contribuem para nossa compreensão e posição sobre a ideação suicida dos jovens e os impactos sociais e culturais que ela provoca.

A palestra “Representações e narrativas sobre o suicídio de jovens no audiovisual” será ministrada por Denise Tavares, professora do PPG em Mídia e Cotidiano da Universidade Federal Fluminense (UFF) e que atualmente desenvolve pesquisa de Pós-Doutorado junto ao PPGIS. Denise é Doutora em Integração Latino-Americana (USP) e Mestre em Multimeios (Unicamp). Além de organizadora de várias coletâneas sobre audiovisual, também é autora das obras “Documentário Biográfico: recriar uma vida nas telas” e “O suicídio de jovens na mídia: a dor irreversível nas telas”.  Esta última é resultado de pesquisa desenvolvida com apoio da Fundação Carlos Chagas Filho de Apoio à Pesquisa no Estado do Rio de Janeiro (Faperj).

Vale lembrar que o suicídio de jovens é considerado atualmente uma epidemia mundial pela Organização Mundial da Saúde. Esse órgão tem convocado a mídia para se integrar às iniciativas que visam a prevenção da morte autoprovocada, sob o argumento de corresponsabilidade em função da onipresença midiática nos cotidianos da sociedade. Trata-se de um enorme desafio já que o tema exige uma série de cuidados em sua abordagem. Além disso, muitos tabus se mantêm, contribuindo para silenciamentos que, na visão da OMS, só pioram o quadro atual.

O encontro será mediado pela Profª Drª Flávia Cesarino Costa. Ao fim da exposição, o público poderá participar com comentários e perguntas. 

Para a professora Denise Tavares, que ministra a oficina e desenvolveu durante 3 anos pesquisa sobre juventude, audiovisual e suicídio com apoio FAPERJ, é preciso desenvolver um olhar crítico e criativo diante da dor, já que a mídia, de modo geral, tende a padronizar nossas percepções. Segundo ela, trata-se de um processo que precisa, urgentemente, ser reconhecido, se a perspectiva é uma reeducação dos sentidos. A professora acredita que tanto quem cria, como quem consome audiovisual, deve ter consciência do quanto determinadas representações da dor podem contribuir para reduzir a esperança de um mundo melhor. Neste sentido, reconhecer estratégias redutoras, clichês e estereótipos são fundamentais para alargar os horizontes em termos de criação e escolhas de consumo. Em especial quando envolve temáticas sensíveis, como é o caso da morte autoprovocada e a ideação suicida.

A oficina “O audiovisual e a (re)educação dos sentidos: imagens e imaginários da dor extrema” acontece das 14h30 às 17h do dia 10 de setembro no Auditório do CECH (AT-2) da Universidade Federal de São Carlos. Ela é gratuita e aberta a toda comunidade. Os participantes terão direito a certificado. Não é preciso fazer inscrição, basta chegar ao local, assinar a lista e deixar um endereço de e-mail para o envio do certificado.

Vou aproveitar para também divulgar neste e-mail que estaremos lançando no Intercom duas obras que também trazem resultados desta pesquisa financiada pela FAPERJ (a quem agradeço muito), sendo um de minha autoria, que foca no audiovisual e o suicídio juvenil, e outro da querida Renata Rezende, sobre suicídio de jovens nas redes sociais. 
Cartilha "Suicídio de Jovens na Mídia", escrita pela Profª Denise Tavares, Larissa Morais e Antonio Vianna.
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